A nova treinadora da seleção brasileira de futebol feminino Pia Sundhage estreia à frente da equipe na próxima semana (29/08 e 01/09) no estádio do Pacaembu. As partidas marcam o início do Torneio Internacional de Futebol Feminino e, principalmente, o começo de trabalho da técnica estrangeira.
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O torneio que volta à capital paulista após sete anos chega a sua nona edição viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte, recebendo o nome de Uber Internacional Feminino de Seleções. Na quinta-feira, 29, Costa Rica e Chile se enfrentam às 19h, e, em seguida, às 21h, Brasil e Argentina definem a outra finalista da competição relâmpago.
Pouco se sabe ainda a respeito de como a seleção brasileira irá se comportar com o comando de Pia, mas a expectativa é enorme. Bicampeã olímpica à frente da seleção americana (2008 e 2012) e Bola de Ouro como treinadora (2012), a vitoriosa treinadora sueca é uma resposta da CBF às críticas à falta de resultados, à qualidade do futebol apresentado e até mesmo à presença de uma mulher à frente do time feminino.
Longe de ser a profunda transformação que a modalidade carece, especialmente pela presença controversa de dirigentes como Marco Aurélio Cunha, criticada pela ex-treinadora Emily Lima em entrevista publicada aqui, a escolha por Pia pode reservar a esperança de um horizonte diferente para o futebol feminino. Poderia Pia ser uma agente dessa mudança? Pia questionaria decisões da federação que afetam o desempenho esportivo, como um calendário? Ela seria ouvida a respeito das competições de clubes organizadas pela CBF? Seu papel poderia ir além da prancheta de treinadora?
A espontânea reação de Pia Sundhage ao chegar à Granja Comary foi um singelo sopro de esperança pra quem sonha com a modalidade mais forte, vitoriosa e acessível. O Ludopédio estará nas arquibancadas do Pacaembu na próxima quinta-feira, 29 de agosto, e contaremos com o foi o pontapé inicial de Pia.