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Berlim 1936 – O mundo, inclusive o olímpico, vira de ponta-cabeça com o Nazismo (parte 2)

Paulinho Oliveira 15 de abril de 2021

Berlim 1936: o triunfo da propaganda

Nazismo
Fonte: Reprodução

Um espetáculo de tochas aos montes atravessou o Portão de Brandemburgo, principal cartão-postal de Berlim, na noite de 30 de janeiro de 1933, dia em que Hitler tomou posse como chanceler da Alemanha. Mais de 20 mil integrantes da SA marchavam com seus passos de ganso, sincronizados em um evento arquitetado por quem seria futuramente o ministro da propaganda do nazismo, Joseph Goebbels. Outros milhares de homens, mulheres e crianças saudavam os nazistas, enquanto seu líder, de uma das janelas da chancelaria, acenava para a multidão, embevecido. A partir daquele instante, começava uma nova era para os alemães, que incluía terror, eventos megalomaníacos, fanatismo, crescimento econômico, militarismo, censura e propaganda. Foi com objetivo propagandístico que Goebbels pensou em celebrar a ascensão de Hitler na chefia de governo da Alemanha com tochas acesas na noite berlinense. O fogo era elemento recorrente na antiga mitologia nórdica, na qual se inspiraram os nazistas em seus vários eventos em que tochas e fogueiras se destacavam. Isso, porém, não bastava. Era preciso sincronismo, coreografia, flâmulas, bandeiras e gritos de guerra uníssonos. Era necessário impressionar, dar mostras de supremacia, passar a impressão de que o Terceiro Reich viera mesmo para durar mil anos – como dissera Hitler, no último dia do 6º Congresso do Partido Nazista em Nuremberg, em setembro de 1934, diante de uma plateia eufórica em palmas e vozes gritando “Heil, Hitler”.

O führer e seus ministros mais próximos sabiam que qualquer oportunidade para se mostrarem de maneira grandiosa para o público não deveria ser desperdiçada. Aqueles, afinal, eram tempos de reafirmação da Alemanha como grande potência. Depois de humilhada pelos termos do Tratado de Versalhes de 1919, de haver enfrentado hiperinflação, instabilidade política, recessão e desemprego durante a República de Weimar, o país da ditadura nazista vivia um tempo de moeda estável e redução do número de desocupados (apenas entre os considerados cidadãos alemães), de forma que, em 1937, chegou ao nível de pleno emprego. Tiveram seu papel de colaboração nessa nova realidade os programas de construção de rodovias (Autobähnen), casas e edificações do governo. Porém, o que realmente contribuiu para a redução drástica do desemprego na Alemanha foi o rearmamento, que começou, na verdade, pouco depois do Tratado de Versalhes de 1919 (que o proibia), em segredo, de maneira informal, até que o jornalista Carl von Ossietsky denunciou a estratégia em uma série de reportagens publicada em seu jornal Die Weltbühne. Preso em 1931 e condenado a 18 meses de cadeia, ganhou, todavia, indulto do presidente Hindemburg em 1932 e continuou a postar reportagens e opiniões ferozes contra o nazismo, especialmente acerca de sua visão antissemita. Quando Hitler chegou ao poder, voltou suas baterias aos opositores do regime, entre os quais Ossietsky, que resolveu não sair da Alemanha e enfrentar o führer – decisão diversa da que tomaram o renomado cientista Albert Einstein e o escritor e filósofo Bertold Brecht, dentre outros, que se exilaram nos Estados Unidos. Ossietsky foi capturado pela SA em 28 de fevereiro de 1933 e levado ao campo de concentração de Esterwegen, onde foi torturado e passou fome.

Ossietzky no campo de concentração de Esterwegen, 1934
Ossietzky no campo de concentração de Esterwegen, 1934. Foto: Wikipédia

O drama de Ossietsky ganhou repercussão mundial quando seu nome foi indicado para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz de 1935, fato não divulgado pela censurada imprensa alemã. Hitler, obviamente, não queria que seu desafeto – que já tinha saído de Esterwegen com tuberculose, encontrando-se no Hospital Westend em Berlim, sob custódia da Gestapo (polícia secreta nazista) – recebesse tão elevada honraria, pois considerava que isso seria uma grande desmoralização de seu regime. Por isso, indicou para a Fundação Nobel, em Oslo (Noruega), outro nome para concorrer ao Nobel da Paz, alguém com quem tivesse cordiais relações. Esse nome foi ninguém mais, ninguém menos que o Barão Pierre de Coubertin, presidente de honra do Comitê Olímpico Internacional e fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. O prêmio, todavia, foi concedido a Ossietsky, não sem antes sofrer pressão do presidente do Reichstag Hermann Göring (um dos homens fortes do nazismo) para não aceitá-lo, o que não foi atendido. A resistência de Ossiestsky contrariou Hitler de tal forma que foi baixado um decreto proibindo cidadãos alemães de receberem, futuramente, outros Prêmios Nobel. Quanto ao Barão de Coubertin, recebeu do führer um prêmio de consolação, no valor de 10 mil marcos – o que talvez seja uma das explicações para a frieza do Movimento Olímpico diante das atrocidades cometidas pelo regime nazista.

Para Hitler, os Jogos de Berlim 1936 não eram exatamente uma grande celebração esportiva de congraçamento de atletas das nações do mundo. Tampouco era oportunidade de estreitar laços com diferentes culturas e povos. Era, antes de tudo, a chance de mostrar ao mundo do que era capaz a chamada “nova Alemanha nacional-socialista”. Por isso – muito embora houvesse o Comitê Organizador de Berlim 1936, presidido por Theodor Lewald –, o führer tomava ciência, pessoalmente, dos mais importantes detalhes, desde o cerimonial até o número de países participantes, fazendo questão, inclusive, de opinar quanto ao Olympiastadion. Foi de Hitler a determinação para que o estádio tivesse aumentada sua capacidade para 100 mil pessoas e sua entrada principal fosse adornada de pedra e mármore, o que foi fielmente obedecido pelo arquiteto responsável, Werner March. Não há uma prestação de contas transparente dos Jogos de Berlim 1936, mas, segundo seu livro oficial, somente para a construção do Reichssportfeld, incluindo o Olympiastadion e as demais praças esportivas ao redor, foram gastos em torno de 40 milhões de marcos. Outros 16,5 milhões de marcos – segundo C. Frank Zarnowski, pesquisador do Mount St. Mary’s College, de Emmitsburg, Maryland (Estados Unidos) – teriam sido utilizados para custear a decoração das ruas de Berlim com símbolos olímpicos e bandeiras com a suástica nazista, além de pavilhões nacionais das delegações que se fariam presentes à capital alemã e estátuas que lembravam motivos olímpicos da Grécia Antiga.

Era notória, também, a pretensão de Hitler de esconder ao máximo o lado sombrio do regime nazista para os mais de 2,9 mil jornalistas de 59 países. Por isso, buscou-se recorrer à hospitalidade. Durante os dias olímpicos, Berlim foi, para muitos dos estrangeiros que ali foram como turistas ou a trabalho, exatamente o oposto do que sabiam sobre a Alemanha daqueles tempos. Profissionais como motoristas de táxi foram treinados em línguas como o inglês, soldados da SA e da SS (Schutzstaffel, a milícia de elite do nazismo) interagiam com os atletas na Vila Olímpica construída com altos padrões de conforto, privacidade e higiene como nunca antes na história dos Jogos, festivais olímpicos ocorriam por toda a cidade para impressionar os olhares dos forasteiros, e as escolas mantinham, em suas programações, atividades que preparavam os alunos para receber bem aqueles que vinham de fora. A maquiagem olímpica do nazismo necessitava de um reforço audiovisual, o que acabou propiciando a Berlim 1936 a primazia da inovação tecnológica no campo das comunicações. Foi a primeira edição de Jogos Olímpicos com cobertura de televisão, por meio da emissora pública Deutscher Fernseh-Rundfunk, cuja solene transmissão inaugural aconteceu em 18 de abril de 1934, em uma das dependências da Kroll Opera House – o mesmo local que servia de sede do Reichstag, cujas reuniões já eram mais esporádicas, devido ao próprio caráter de ditadura do regime nazista. O sinal da Deutscher Fernseh-Rundfunk – cuja primeira transmissão pública se deu em 22 de março de 1935 – era transmitido a partir dos estúdios Paul Nipkow, que tinham esse nome em homenagem ao inventor do Disco de Nipkow, equipamento fundamental para os primeiros experimentos de televisão no mundo, no final do Século XIX.

Câmera da DFR no Estádio Olímpico de Berlim, em 1936
Câmera da DFR no Estádio Olímpico de Berlim, em 1936. Foto: Reprodução Twitter

A Deutscher Fernseh-Rundfunk foi uma das primeiras emissoras públicas de televisão do planeta. A programação, que ordinariamente era das 20 às 22 horas, foi aumentada durante a Olimpíada de Berlim, passando a transmitir os eventos esportivos diariamente, das 10 às 12 horas e das 15 às 19 horas – um aumento de 300% nas horas de transmissão em comparação com a grade original. No Olympiastadion e nas demais praças esportivas, câmeras Telefunken – também tecnologia alemã – captavam as imagens que chegavam aos 25 receptores de televisão que estavam em Berlim, mais um em Potsdam e outro em Leipzig. No total, as primeiras transmissões olímpicas de televisão alcançaram uma audiência de pouco mais de 162 mil pessoas, um grande feito para uma época em que o rádio ainda era a principal mídia de massa. Foram mais de 3 mil transmissões radiofônicas para todos os cantos do planeta, com riqueza de som graças a inovações tecnológicas como os primeiros microfones de captação de ambiente, cuja primeira experiência foi efetuada no Estádio de Natação – pela primeira vez, ouvintes do mundo inteiro poderiam ouvir o barulho das águas da piscina ao mergulhar dos atletas. O regime nazista chegou a subvencionar distribuição gratuita de aparelhos de rádio para seus cidadãos.

Além de servirem às pioneiras transmissões televisivas, as câmeras postadas no Olympiastadion e nas demais praças esportivas de Berlim 1936 também serviam a outra mídia, o cinema. Naquela que talvez tenha sido a maior inovação midiática daquela Olimpíada, produziu-se, pela primeira vez na história, um filme oficial sobre o evento. A ideia foi do ministro da propaganda Joseph Goebbels, e sua executora foi a cineasta Leni Riefenstahl. Uma das mais geniais mentes do cinema de seu tempo, Riefenstahl já era uma personalidade de sucesso antes da ascensão do nazismo. Todavia, seu nome alcançou projeção internacional através dos filmes O Triunfo da Vontade (1935) – documentário com foco no 6º Congresso do Partido Nazista em Nuremberg – e Olympia (1938), o filme oficial de Berlim 1936. O trabalho de Leni Riefenstahl, desde então, é um intrigante paradoxo – pelo lado ruim, foi uma eficaz propaganda do regime nazista, procurando enaltecer ao máximo aquilo que se julgava de positivo e reforçando a doutrina da supremacia da “raça ariana”; pelo lado bom, todavia, mostrou que, em se tratando de cinema, Riefenstahl estava à frente do seu tempo, com ângulos e tomadas inovadoras para a época, recursos de câmeras em movimento, foco nas expressões faciais, filmagens do alto, sonoplastia impecável. No que diz respeito a Olympia, o filme consegue fazer com que o espectador se transporte para aquela época, aquele estádio, aquela cidade, aquele país, sentindo o clima da Alemanha nazista e percebendo o quanto Hitler se mostrava soberano, do alto de sua vaidade.

É através do documentário de Leni Riefenstahl que se pode captar a magia de outra inovação introduzida nos Jogos Olímpicos a partir de Berlim 1936, que só poderia ter ocorrido graças à megalomania nazista e ao seu apego pelas tochas – assim como aquelas que iluminaram a noite berlinense no dia em que Hitler se tornou chanceler alemão. Em 20 de julho, através dos raios de sol, acendiam-se em Olímpia (Grécia) as primeiras chamas a iluminar a tocha olímpica dos Jogos de Berlim, com jovens moças gregas a caráter, com vestimentas lembrando a Grécia Antiga. A tocha passou por um gigantesco revezamento a partir de Olímpia, envolvendo 3.075 corredores, cada qual percorrendo um quilômetro do trajeto que passou por sete países: Grécia, Bulgária, Iugoslávia, Hungria, Áustria, Tchecoslováquia e Alemanha. O ponto final da trajetória da tocha foi o Olympiastadion, onde, na tarde de 1º de agosto, a pira olímpica foi, pela primeira vez na história, acesa por um atleta do país anfitrião. O pioneiro foi o corredor Fritz Schilgen, 29 anos de idade, branco, loiro, alto e esguio, considerado pelos organizadores o protótipo do atleta perfeito, o exemplar ideal da “raça ariana”. Schilgen, entretanto, não disputou jamais uma olimpíada, e sua maior glória esportiva foi uma medalha de prata no revezamento 4×400 metros nos Jogos Mundiais Universitários de Paris 1928.

Uma Alemanha hipócrita recebe os atletas do mundo

Berlim 1936 bateu o recorde de países participantes até então, com 49 delegações de todos os continentes, trazendo consigo 3.963 atletas, dos quais 331 eram mulheres (8,35% do total). A Europa ainda dominava, com 27 países (incluindo o estreante Liechtenstein), mas a América aumentou sua presença com 12 delegações (dentre os quais as debutantes Bermudas, Bolívia e Costa Rica), assim como a Ásia, com 6 países (inclusive o estreante Afeganistão). A delegação mais numerosa era a da anfitriã Alemanha, com 433 atletas (sendo 44 mulheres).

O país-sede deu um show de hipocrisia ao receber seus convidados estrangeiros. Um dos episódios controvertidos envolveu a colocação de placas em pontos turísticos de Berlim e até mesmo em instalações olímpicas como “judeus não são bem-vindos” ou “proibida a entrada de cachorros e judeus”. Ante o desconforto que tais placas causaram no COI, o governo nazista decidiu retirá-las, garantindo que atletas alemães de origem judia seriam convocados para participar dos Jogos – o que, de fato, foi feito, a se considerar a presença na delegação da esgrimista Helene Mayer, campeã olímpica no florete em Amsterdã 1928 e que seria prata em Berlim. Outra controvérsia, todavia, não teve a mesma ferrenha oposição do COI: a política de “limpeza étnica” alemã, mandando prender e transferir para o campo de concentração de Berlim-Marzahn cerca de 600 ciganos destinados a trabalhos forçados, sendo que aqueles considerados inábeis para o trabalho eram sumariamente executados. Aos sobreviventes, além das torturas físicas e psicológicas, eram reservadas as esterilizações forçadas – parte do programa nazista de “depuração” da raça alemã.

Em protesto contra o nazismo, dois países convidados pela organização de Berlim 1936 não aceitaram participar dos Jogos. A Espanha, que, à época, era governada pela Frente Popular, organizou as Olimpíadas Populares de Barcelona, cujo palco principal seria o Estádio de Montjuic, construído para a Olimpíada de 1936 que seria na capital catalã, não fossem os 43 votos favoráveis a Berlim em 1931. As Olimpíadas Populares, todavia, acabaram não acontecendo, porque, no dia programado para a sua abertura, em 17 de julho de 1936, eclodiu a Guerra Civil Espanhola, que, na verdade, era um golpe de Estado patrocinado pela elite conservadora católica daquele país, de onde emergiria a liderança do futuro ditador Francisco Franco. Já a União Soviética – uma das 22 delegações que disputariam as Olimpíadas Populares de Barcelona – também resolveu não ir a Berlim, mas participava regularmente da Spartakiada, um evento similar aos Jogos Olímpicos destinado aos países-satélite de Moscou.

A segunda maior delegação a se fazer presente aos Jogos de Berlim 1936 foi a dos Estados Unidos, com 359 atletas (sendo 46 mulheres). Houve um esboço de se tentar boicotar a participação norte-americana na Olimpíada nazista, mas qualquer manifestação nesse sentido foi desencorajada pela postura do presidente do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) Avery Brundage. Milionário nascido em Detroit, Brundage admirava Hitler e era sócio de um clube em Chicago que não aceitava a entrada de negros, nem de judeus. Segundo o dirigente norte-americano, esporte e política não deveriam se misturar, daí porque não poderiam os Estados Unidos deixar de participar da Olimpíada de Berlim. Alemanha e Estados Unidos foram, justamente, os dois maiores medalhistas de 1936. Os norte-americanos ganharam um total de 56 medalhas, sendo 24 de ouro, e foram a única delegação ao lado da japonesa (com 18 medalhas, 6 de ouro) a figurar entre as 10 melhores sem ser do continente europeu. Dois dos destaques individuais de Berlim 1936 vieram dos Estados Unidos e do Japão: Jesse Owens, o negro do Alabama que ganhou 4 medalhas de ouro, ajudando a desmistificar aos olhos do mundo – inclusive dos alemães – a tese da “superioridade da raça ariana” advogada pelo nazismo; e Sohn Kee-chung, coreano vencedor da maratona e que competia pelo Japão, sob o nome de Son Kitei, pelo fato de a Coreia ser, naquele momento, uma dependência japonesa, realidade que duraria até o final da Segunda Guerra Mundial. Todavia, a Alemanha, pela primeira vez na história, conquistava a supremacia no quadro de medalhas, com 89 pódios e 33 ouros. Quebrava-se, assim, uma hegemonia norte-americana que durava desde Estocolmo 1912, e satisfazia-se o ego nazista com o resultado final da delegação anfitriã.

Alemanha, Estados Unidos e Japão seguiriam como protagonistas nos anos que se seguiram a Berlim 1936. Contudo, as disputas se dariam novamente no campo de batalha, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, cujo ponto de partida foi a invasão da Polônia pelas tropas alemãs em 1º de setembro de 1939. Uma vez mais, os Jogos Olímpicos teriam de ser interrompidos para dar lugar a bombardeios, rajadas de metralhadoras, tanques de guerra, invasões, expurgos, genocídio, soldados, campos de concentração e bombas atômicas. Os 15 dias da Olimpíada de Berlim haviam sido apenas um breve sonho de verão, uma ilusão de congraçamento de povos em um território marcado por um regime que admitia um único partido político e um único discurso, aquele que honrava e glorificava Hitler. A glória da Alemanha no quadro de medalhas dos seus Jogos Olímpicos deveria ser, para os dirigentes nazistas, um prelúdio de maiores vitórias futuras, que confirmariam o Terceiro Reich como um império de mil anos, da forma que desejava seu líder máximo. Ao invés, a ditadura nazista não durou mais que 12 anos e deixaria como legado para os alemães um país dividido e fora dos Jogos Olímpicos de Londres 1948. Para o mundo, o saldo seria de cerca de 70 milhões a 85 milhões de mortos no mais devastador conflito armado da história da humanidade.

(Este texto é parte do Capítulo 10 do livro JOGOS POLÍTICOS DA ERA MODERNA, de Paulinho Oliveira.)

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Paulinho Oliveira

Jornalista (MTb 01661-CE), formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em 2004.Escritor, com duas obras publicadas: GUERREIROS DE SANTA MARIA (Fortaleza, Premius Editorial, 2013, ISBN 9788579243028) e JOGOS POLÍTICOS DA ERA MODERNA (Fortaleza, publicação independente, 2020, ASIN B086DKCYBJ).

Como citar

OLIVEIRA, Paulinho. Berlim 1936 – O mundo, inclusive o olímpico, vira de ponta-cabeça com o Nazismo (parte 2). Ludopédio, São Paulo, v. 142, n. 30, 2021.
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