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Conversando com ex-jogadores da Seleção: Djalma Santos

São Paulo, Museu do Futebol.

Depoimento de Djalma Santos.

Gravado em Uberaba (MG), a 17.06.2011.

Tempo de duração: 2h30min.

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Bernardo Buarque (esquerda), Djalma Santos (ao centro) e ao lado dela Daniela Alfonsi (Museu do Futebol). Foto: Museu do Futebol.

O depoimento prestado pelo ex-jogador Djalma Santos deu-se em circunstâncias e sob condições bem diferentes do primeiro entrevistado, Luís Moraes. Com mais de oitenta anos de idade, Djalma colocou como pré-condição para a entrevista a gravação na residência dele, numa cidade do Triângulo Mineiro. Tal fato obrigou os entrevistadores a deslocar-se do Rio e de São Paulo, para o estado de Minas Gerais. Conforme observa a professora Verena Alberti, em seu livro Manual de História Oral[1], a variação do ambiente da entrevista incide diretamente no tipo de fala que se colhe, sendo uma mudança estratégica que merece considerações e ressalvas.

Nessa incidência, pode-se identificar vantagens e desvantagens: ao prestar depoimento em casa, o entrevistado sente-se em princípio mais à vontade para falar; por outro lado, pode sentir constrangimento, ao ver-se rodeado de familiares. A entrevista pode transcorrer com um maior nível de informalidade, deixando o entrevistado mais relaxado e mais falante. Em movimento inverso, pode-se argumentar que, no recinto do lar, vários contratempos podem ocorrer: chamadas telefônicas, toques de campainha, barulhos desagradáveis, interrupções de parentes, entre vários imponderáveis que prejudicam o andamento da entrevista.

No caso de Djalma, é possível observar que a entrevista não chegou a ser prejudicada, sem comprometer o resultado. O depoimento fluiu, com a boa desenvoltura demonstrada pelo depoente, apesar da idade avançada. Ao mostrar-se à vontade para falar sobre sua carreira e sobre suas lembranças das Copas do Mundo – ressalte-se que demonstrou estar familiarizado com as câmaras e com o gênero entrevistas –, o ex-jogador prestou depoimento que teve um total de duas horas e meia de duração.

É necessário ressaltar algumas diferenças entre Djalma e Luís Moraes, o primeiro ex-jogador a ser entrevistado. Ao contrário de Cabeção, Djalma é uma das estrelas consagradas pela conquista de títulos em torneios internacionais da Seleção Brasileira. Atuou em quatro edições de Copas do Mundo, sendo bicampeão mundial (1958/1962), enquanto Luis Moraes participou de apenas uma. Djalma foi titular sempre, ao passo que Cabeção teve de se contentar com a condição de terceiro reserva.

Se identificarmos um aspecto comum entre ambos os jogadores, este será o das origens sociais. Os dois são paulistanos, nascidos em famílias modestas da cidade. Luis Moraes nasceu nas proximidades do Parque São Jorge, campo de treino do Corinthians e descende de pais trabalhadores com origem italiana. Já Djalma nasceu no Bom Retiro, na Rua Prates, mas cresceu no bairro da Parada Inglesa. Sua mãe, dona Laura, e seu pai, Sebastião, eram negros pobres que tiveram condições de vida bem precárias.

A mãe de Djalma era empregada doméstica, trabalhava no serviço de limpeza em uma pensão, onde o filho a ajudava. Sobre o pai pouco se sabe, pois abandonou a mulher e os três filhos depois de servir como soldado na Revolução Constitucionalista de 1932. Dona Laura casou-se novamente, desta feita com um carroceiro, Seu Vitor, de origem italiana. Djalma veio reencontrar o pai apenas mais tarde, depois que sua mãe já tinha falecido. Foi o pai, que morava no Canindé, quem assinou seu primeiro contrato profissional pela Portuguesa de Desportos, quando Djalma ainda era menor de 18 anos.

Os dois ex-atletas tiveram formação escolar elementar e não chegaram a completar o nível escolar integralmente. Ainda crianças/adolescentes, desempenharam trabalhos manuais para complementar a renda familiar. No caso de Djalma, empregou-se em uma fábrica de calçados, que ficava na Rua Washington Luiz, próxima à Estação da Luz. Lá, veio a sofrer um acidente de trabalho. Prensou a mão e a máquina decepou parte do dedo, o que comprometeu parcialmente os movimentos motores. O acidente impediu-o de fazer um estágio que pretendia realizar na Aeronáutica.

Djalma continuou a trabalhar na indústria de sapatos. Lembra-se que fazia hora extra para compensar o tempo despendido nos treinos do futebol, no início da carreira. Ainda na identificação de traços similares na trajetória dos dois, ambos iniciaram a prática futebolística através dos campos de várzea próximos às respectivas casas. Em seguida, os testes nos clubes os levaram a seguir adiante a carreira de jogador de futebol.

Em garoto, Djalma torcia para o Corinthians, mas não tinha dinheiro para ir a jogos nos estádios. Acompanhava o futebol pelo rádio. Um aspecto evocado em sua fala sobre a infância diz respeito aos ídolos esportivos da época. Diz recordar a ida a um circo, onde haveria a presença dos dois grandes craques do futebol paulistano e brasileiro dos anos 1940: Leônidas da Silva (São Paulo) e Domingos da Guia (Corinthians). Em seu relato, este último, zagueiro, era seu modelo e tinha sido muito observado por Djalma.

Seu ingresso no universo clubístico profissional ocorreu na Portuguesa de Desportos, no qual foi galgando posições na hierarquia do clube, desde o Infantil, ao Juniores e ao Juvenil. Tendo iniciado na zaga central, fixou seu lugar na lateral-direita, quando chegou à categoria Profissional. Sua posição foi determinada pelo técnico Oswaldo Brandão, em função da chegada, na equipe da Lusa, do zagueiro Brandãozinho. Recorda-se que o time tinha jogadores selecionáveis, como Pinga e Julinho Botelho.

O destaque na Portuguesa levou-o à “Seleção de Novos”. Daí, chegou à Seleção Brasileira. Pelo selecionado

Djalma Santos é considerado o maior lateral de todos os tempos. Jogou na Portuguesa (1948-1959), no Palmeiras (1959-1968) e Atlético-PR (1968-1972). Pelo Brasil disputou as Copas de 1954, 1958, 1962 e 1966. Jogos em Copa do Mundo: 12 jogos, 8 vitórias, 2 empates, 2 derrotas. Gols em Copa do Mundo: 1 Títulos: Campeonato Pan-Americano (1952), Taça Oswaldo Cruz (1955, 1956, 1962), Taça do Atlântico (1956, 1960), Copa Rocca (1957, 1960, 1963), Copa do Mundo (1958, 1962), Taça Bernardo O’Higgins (1959), Copa Rio Branco (1968). Nasceu no dia 27 de fevereiro de 1929 e faleceu no dia 23 de julho de 2013. Acesse o blog a Academia.
Djalma Santos no Palmeiras. Caricatura: Baptistão Caricaturas.

nacional, iria atuar nas Copas de 1954, 1958, 1962 e 1966. Nas duas últimas edições, já atuava pelo Palmeiras, outro clube em que deitou raízes em mais dez anos de carreira. Com essa condição privilegiada – pode disputar quatro torneios mundiais –, seu relato pautou-se por uma avaliação de conjunto, que parece alargada e comparada pela presença em mais de um evento.

Se depreendermos o ponto central de seu discurso sobre a participação brasileira nas Copas, vamos encontrar um diagnóstico geral, que parece ser relativamente simples. Este procura explicar por que o Brasil perde e por que ganha. A seu juízo, vitórias e derrotas dependeram de um único fator: organização. Os brasileiros saíram vencedores quando houve planejamento e organização dos dirigentes; a Seleção perdeu quando os mesmos responsáveis deixaram de organizar e planejar de maneira satisfatória e minimamente racional.

Nesse sentido, ao comentar sobre a Copa de 1954, a respeito da qual Cabeção também falara, levanta o mesmo ponto que o colega de Seleção. Coube a eliminação na semifinal para os húngaros em função de erros, tanto dos dirigentes quanto do treinador. Sobre os primeiros, dá o exemplo da partida contra a Iugoslávia. No intervalo do jogo, foram amedrontados pelos cartolas, com a informação de que o empate os eliminaria, quando, na verdade, como depois se confirmou, estariam classificados. Seu desgaste foi tão grande naquela oportunidade que entrou em campo com 72 quilos e saiu com 68.

No que se refere ao técnico do time, Zezé Moreira, Djalma não considerou adequada a implantação do sistema tático da marcação por zona. Zezé gostava de usar o tabuleiro do jogo de botão para mostrar a parte tática e estratégica de atuação dos jogadores. Tal obrigação dificultou a equipe de desenvolver-se em campo. Apesar da crítica, esta não empana os altos elogios do Djalma ao técnico, que lhe ensinou muito do que sabe sobre futebol.

No entanto, suas observações críticas são muito mais incisivas em relação aos dirigentes. Primeiramente, porque falavam demais, dizia ele. Isto é, faziam muitas reuniões, que, aos seus ouvidos, mais atrapalhavam do que ajudavam. Em segundo lugar, porque faziam da concentração uma “festa”, sem favorecer um ambiente de tranquilidade. Isto não o exime de lembrar que os jogadores também apresentaram “mau comportamento”, com saídas escondidas dos hotéis e alojamentos em que estavam hospedados, burlando as regras de então.

A crítica feita por Djalma em relação à Copa de 1954 é muito próxima daquela endereçada aos dirigentes que comandaram a Seleção por ocasião da Copa de 50, no Brasil. O ex-jogador relembra um fato bastante veiculado pela imprensa esportiva, segundo a qual o clima de “já ganhou”, que contagiou a concentração às vésperas da partida decisiva contra o Uruguai, influiu negativamente e contribuiu para a derrota no Maracanã, a dezesseis de julho de 1950.

Djalma tinha então vinte e um anos e há dois jogava pela Portuguesa, tendo acompanhado pela transmissão de rádio, em São Paulo, o jogo final. Repete a história que circulou então de que, para capitalizar a vitória que parecia iminente, os cartolas da CBD transferiram a sede da concentração do time. Esta ficava localizada no Joá, uma área distante e desabitada da zona oeste do Rio de Janeiro. Para aproximação com os políticos de então, os jogadores foram concentrar-se no Estádio de São Januário. Dada a proximidade com tal ambiente de euforia, eis a versão reforçada no depoimento de Djalma Santos, os jogadores não chegaram a efetivamente se concentrar.

Assim, como seu antecessor, o discurso de Djalma sustenta o fator organizacional como decisivo para as perdas em Copas do Mundo. Nas suas palavras, “os dirigentes não fazem as coisas direito”. Atribui a responsabilidade assim aos dirigentes, de acordo com ele, mal escolhidos.

Era preciso união e entrosamento entre as partes, quais sejam, entre os chefes de delegação, a comissão técnica e os atletas, para que o conjunto obtivesse sucesso. Embora quase sempre exclua os jogadores da responsabilidade pelas desclassificações, afirma que, em 1954, ele era ainda novo no elenco e não teve liderança suficiente para que se mostrasse um porta-voz do grupo. Este era liderado por Didi, Bellini e Zito.

Djalma cita o exemplo de dirigentes que os atemorizam. Lembravam a força coletiva da equipe húngara, liderada por Puskas. Sua descrição é exemplar: “– os dirigentes ficavam na cidade. Quer dizer, na véspera do jogo, subiam na concentração e ficavam a tarde toda ‘blá blá blá’. No jogo contra a Hungria eles chegaram na concentração, nós terminamos de jogar, eles: ‘Continuem sentados aí que os homens vão falar com vocês’. Ficamos lá sentados, veio aquele bando de gente…”

Outra situação evocada por Djalma, que compara acontecimentos da Copa de 50 com a de 54, foi a cobrança de pênalti que ele bateu e converteu contra a equipe da Hungria. Observa que, caso tivesse perdido aquela batida, certamente se tornaria um novo “Barbosa”, o bode expiatório. Teria de arcar com o ônus de ser um jogador negro, visto como instável e incapaz de ajudar o Brasil nos momentos mais importantes.

Se a argumentação sustentada pelo entrevistado aponta para o quesito organizativo e para a vitória em torneios internacionais, seu raciocínio acaba por encontrar coerência na edição seguinte da Copa do Mundo, a sexta, ocorrida em 1958 na Suécia. A seu ver, “em 58 deu certo porque estava bem organizado”. O Brasil ganhou finalmente aquela Taça, porque teve uma direção profissional empenhada e madura para tanto. Neste ponto, repete e/ou concorda com outro consenso externado pelos meios de comunicação, segundo o qual a chegada de João Havelange à testa da CBD contribuiu para a coesão e para a seriedade da equipe responsável por coordenar a participação vitoriosa.

A conquista da Suécia foi favorecida pelo ambiente e pela profissionalização dos quadros. A Seleção teve um novo técnico, Vicente Feola. Destaca a figura de Paulo Machado de Carvalho, visto por Djalma como um elemento agregador, “pessoa compreensiva”. Isto não descartava seus traços anedóticos. O ‘todo poderoso’ das comunicações tinha algumas superstições. A escultura de uma santa era levada para a concentração. Era uma liderança próxima dos jogadores e dotada de carisma, ao qual se juntava uma equipe técnica abalizada, com dentista, preparador físico (cita Paulo Amaral), massagista (cita Mário Américo), médico, psicólogo, entre outros. Houve na ocasião confiança e diálogo mútuo.

Essa ambientação favorável foi repetida quatro anos depois, quando da conquista do bicampeonato no Chile. Já a campanha frustrante da Copa da Inglaterra, em 1966, sua última atuação na Taça do Mundo, não é aprofundada por Djalma. Neste caso, com certo tom de desdém, afirma que voltou aquele clima festivo que prejudicou o grupo. Em 66, houve muitas regalias e festas. Novamente, os dirigentes cometeram o erro de mudar de concentração na Inglaterra.

À parte as lembranças sobre as Copas do Mundo, Djalma trata da sua vida nos clubes, quer na Portuguesa (1948-1958) quer no Palmeiras (1958-1968) quer ainda no Atlético Paranaense (1968-1972). As viagens internacionais continuam sendo importantes. Importantes no sentido de uma formação e de um conhecimento mais amplo do mundo. Travou contatos com outros países e vivenciou experiências novas. Recorda-se de uma viagem ao Egito, do calor retumbante que fazia no Cairo e na Alexandria. Depois, o extremo oposto, ao conhecer o rigoroso frio da Dinamarca. Pela Europa, viajaram ainda à Espanha e à Suécia. Ocorreram viagens também à América Latina, em países como a Colômbia e o Peru.

Mas há excursões cuja rememoração tem um tom tão somente anedótico. Em recordação que o faz rir, a despeito de seu caráter quase trágico, relembra de uma excursão à Turquia. Nas horas de folga, os jogadores iam pescar. Lembra que ele gostava da pesca à beira do mar Bósforo, estreito que separa a Istambul europeia da Istambul asiática. Ocorre que Djalma não sabia nadar e, certo dia, enquanto pescava junto à mureta, caiu no rio. Quase morreu afogado. Lembra-se de ter sobrevivido graças a um pescador turco.

Ao falar de sua passagem pelos clubes de São Paulo, aborda um aspecto relevante: o racismo[2]. Ou melhor, de seu ponto de vista, a ausência de racismo. A passagem pelo Palmeiras, conhecido como um time da colônia italiana, o faz afirmar, espontânea e categoricamente, que não havia preconceito com ele no clube, pelo fato de ele ser “crioulo” – termo utilizado em vários momentos da entrevista, entre outras expressões parecidas, como “crioulinho” e “neguinho”.

Por exemplo, ao falar de Pelé, mencionava-o sempre como “o crioulo”. Em suas palavras, o preconceito não existe, ele é criado pelas próprias pessoas que a empregam. Desta maneira, ele não se sentiu alvo de racismo, como muitos afirmam, quando de sua chegada no ex-Palestra Itália, time do qual chegou a ser capitão. Para corroborar seu argumento, diz que havia outro “crioulo”, o Ademar Pantera, no Palmeiras.

O vocabulário aparece aqui e ali como tema em seu depoimento. Ainda na fase palmeirense, lembra-se de uma falha sua, na intercepção de um lance aéreo, em partida importante contra o Peñarol, em Montevidéu. Ao cortar a bola que ameaçava a retaguarda do Palmeiras, seu chute ganhou um efeito inesperado e voltou-se para trás. A bola bateu na trave e entrou no gol. Logo, o lance do gol contra recebeu o apelido dos jogadores de “djalmada”, vocábulo alusivo à “domingada”, de Domingos da Guia.

Essa expressão, no entanto, era positiva e fazia referência à saída da grande área do zagueiro Domingos da Guia, que conduzia com classe a bola, por meio de dribles do adversário. Como já foi dito, Da Guia foi seu grande ídolo: “Quando eu era garoto, era Domingos da Guia. Disputou a Copa do Mundo na Itália. Domingos da Guia. Aí, me apeguei muito a Domingos da Guia. Aí, joguei com o filho dele, o Ademir da Guia”.

Em um processo mnemônico bem comum nos relatos sobre o passado, Djalma traça comparações entre o “ontem” e o “hoje”. São Paulo de sua infância era mais tranquila, com a descrição da vida de bairro. Havia as festas juninas de São Pedro e São João. Já nos anos 1950, não havia mais espaço nas ruas para a “criançada”. Quanto à Seleção, diz que não existia tanto assédio da imprensa. Recorda-se que, de quando em vez, sua foto aparecia em uma revista e lembra-se de um jornalista da Gazeta, Solange Bibas, que acompanhava os times paulistas.

Entretanto, não se verificava aquilo que hoje acontece do ponto de vista da publicidade e do estrelato de um jogador. Cita Neymar, atual jogador do Santos, como um caso preocupante. Em sua observação, considera um excesso o jogador usar luvas. Considera-o tão jovem e já tão assediado. Afirma ser imprescindível que o mesmo seja orientado para que não se perca em sua carreira, dentro ou fora de campo.

A parte final do relato é dedicada ao encerramento da carreira de jogador no Atlético Paranaense – lembra-se da grande rivalidade estadual com o Coritiba – e ao início da fase como treinador de futebol. Nesta, vivenciou diversas experiências, no Brasil e fora dele. Treinou times na Bolívia e no Peru, depois na Itália e até na Arábia Saudita. Ficou quatro anos na Itália e aprendeu uma “barbaridade”. Aceitava os desafios e levava a família ao seu lado para onde quer que fosse. Mas não gostou de ser treinador de times profissionais, “não era de seu feitio”. Em contrapartida, afeiçoou-se a treinar crianças, com as quais gosta de trabalhar a disciplina. É às escolinhas que se dedica atualmente em Uberaba.

[1] Cf. VERENA, A. “Manual de história oral”. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

[2] Veja-se a esse respeito a discussão de Luiz Henrique de Toledo em seu ensaio sobre o jogador Didi. Neste texto, Toledo discute o racismo no futebol brasileiro com base nas diferenças entre preconceito de marca e preconceito de origem, desenvolvidas pelo antropólogo Oracy Nogueira. Cf. TOLEDO, L. H. de. “Didi, a trajetória da folha-seca no futebol de marca brasileiro”. In: SILVA, V. G. da. “Artes do corpo”. São Paulo: Editora Selo Negro, 2004.

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Bernardo Borges Buarque de Hollanda

Professor-pesquisador da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC-FGV).

Como citar

HOLLANDA, Bernardo Borges Buarque de. Conversando com ex-jogadores da Seleção: Djalma Santos. Ludopédio, São Paulo, v. 88, n. 13, 2016.
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