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O papel da memória e da identidade no futebol e o fracasso da Superliga Europa

Daniel Alves de Sousa 28 de maio de 2021

Na noite de domingo do dia 18 de abril de 2021, dirigentes de grandes clubes europeus anunciavam a criação de uma liga europeia de clubes de futebol, notícia que estremeceu o mundo desse esporte. Os times fundadores da chamada Superliga Europa (SLE) são grandes potências do futebol: Arsenal, Atlético de Madrid, Barcelona, Chelsea, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Milan, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham.

A notícia da criação da SLE não foi bem recebida no meio do futebol, uma onda de críticas veio de atletas, técnicos, imprensa e principalmente de torcedores, o que parecia promissor pelo menos sob o ponto de vista de seus idealizadores, não durou 48 horas. Os clubes foram sucessivamente desistindo do projeto e alguns atos de protestos foram marcantes como a manifestação dos torcedores do Chelsea, ocupando as imediações do estádio Stamford Bridge, no dia 20 de abril.

O futebol se tornou um espaço de constantes investidas do mercado financeiro, contratações milionárias de jogadores, compra de clubes de futebol, construções de arenas e até os torcedores tornaram-se mercadoria com sua adesão ao programa de sócio-torcedor. Mas se o futebol a algum tempo é marcado pela ação constante de investidores, porque a SLE fracassou? Por que tamanha resistência de clubes que “aparentemente” já são até considerados empresas em participar numa liga milionária? Para esses questionamentos pensamos nesse artigo trazer sob as luzes dos conceitos de memória e identidade o porquê dessa resistência a SLE.

Primeiro devemos pensar que um clube de futebol é um local de relações sociais, formado por atletas, técnicos, dirigentes, investidores e torcedores, esse último formado por indivíduos que construíram com o time um vínculo identitário, baseados numa memória compartilhada. As vezes os grupos profissionais e os torcedores que formam o clube confundem-se com as ideias hegemônicas que formam a identidade de um time, portanto não existem fronteiras que limitam os sujeitos dentro de uma possível hierarquia imaginada dentro dessas instituições.

Se o clube possuí uma identidade ela é marcadamente coletiva, para o historiador Hilário Franco Junior “o futebol se tornaria a maior manifestação da alma coletiva das sociedades modernas” (FRANCO JUNIOR, p.315, 2007).   O futebol é espaço de atuação dos anseios sociais, frustrações que individualmente não teriam força, são potencializadas num conjunto maior de indivíduos.

A mercantilização do futebol entra em embate com essa “identidade clubística”, o projeto do capital em uniformizar e homogeneizar esse esporte, através da agenda econômica globalizada, não leva em conta que o futebol tem o seu “modus operante” que funciona a partir das alteridades, da imprevisibilidade dos resultados, da construção histórica das rivalidades e do vínculo especial com um tipo de competição, que no imaginário dessas coletividades são fundamentais para sua realidade existencial.

Logo a concepção de maximização dos lucros aplicado ao universo do time de futebol, é concepção estranha a “essência” desse esporte, o coletivo torcedor identifica-se muito ou pouco com a venda ou compra de jogadores, tem uma certa resistência com a venda do seu clube, mas perceber a agremiação como instituição para fins lucrativos por enquanto parece ser inadmissível. Durante as manifestações de torcedores do Chelsea contra a SLE, a identidade do grupo ameaçada pode ser sintetizada na seguinte frase de um torcedor: “Não somos mais o Chelsea”.[1]

A questão da SLE enquanto algo novo é sua interpretação como uma possível ruptura com a memória e a identidade coletiva, segundo o antropólogo Joël Candau: “começos inteiramente novos são inconcebíveis, pois o excesso de lealdade e hábitos muito antigos impedem a substituição completa de uma temporalidade antiga por uma nova origem.” (CANDAU, p.95,2021). A Superliga Europa e o seu formato atacam a identidade dos clubes, seu caráter de descontinuidade no tempo gerou um estado de ansiedade crescente nos torcedores, o pertencimento seguro destes com sua comunidade estava sendo confrontada.

A resistência mais imediata dos clubes ingleses seguido dos outros times mostram a preocupação com esse possível sentimento de perda identitária, o futebol, assim como outros lugares de expressão da memória coletiva necessitam de referências espaço-temporais, mitos e lugares de fundação asseguram essas identidades, as experiências no tempo compartilhadas através da memória garantem a continuidade, ou pelo, menos a ilusão de permanência.

Europa Superliga

Os clubes ingleses criaram a autoimagem de criadores e guardiões de um modelo de futebol e suas práticas, mantenedores dessa tradição, qualquer possibilidade de ruptura atingiria essa identidade coletiva. Os clubes ingleses (assim como qualquer instituição) interpretaram-se ao longo do tempo como privilegiados, por inaugurarem um ato original (a criação do futebol), essa memória das instituições fundadoras hierarquizam e organizam a realidade, a desistência dos times europeus de outras nacionalidades da SLE, confirmam a importância que a Inglaterra ainda tem como berço do futebol.

As manifestações dos torcedores ingleses trouxeram outro debate, revivida pela memória: a forma que o proprietário de um clube deve se comportar quanto ao clube. A lógica neoliberal sugere que o controle sobre uma empresa deve buscar a racionalização dos lucros, uma empresa saudável opera gerando vantagens econômicas. O futebol não se sujeita a essa ordem, os grandes times europeus segundo site mercadodofutebol.com[2] , mostra que clubes como Chelsea, Barcelona e Tottenham já possuem dívidas na casa dos bilhões.

O que em outros mercados seria o colapso de suas atividades e levaria a falência, o futebol foge à regra. O futebol não é coisa, objeto ou produto sujeito a alienação mercadológica, ele é um lugar de práticas de pertencimento e significados na comunidade onde se insere. Para elucidar essa condição trazemos a seguinte fala de um torcedor do Chelsea nos protestos do dia 20 de abril, esse time é o mais endividado da Europa, dívida na ordem de um bilhão e meio de euros.

“Roman (Abramovich)[3], se você estiver me vendo, preste atenção no que eu vou dizer: nós te apoiamos quando você apareceu aqui 20 anos atrás, depois de ir a Liverpool, rodar a Inglaterra, querendo comprar um clube. Então, nos escute! Faça a coisa certa e saia dessa competição que vai destruir a sua torcida. Fãs como eu não terão condições de viajar atrás do time pela Europa disse um torcedor chamado Paul”.[4]

A fala desse torcedor não é aleatória, ela representa a ideia em torno de um pacto implícito entre o clube e o novo proprietário no momento da compra, em preservar a memória e a identidade da instituição. O futebol é cercado de ritos, esse da venda é um dos rituais de passagem dentro do time, “e a finalidade essencial dos ritos é “assegurar a continuidade de uma consciência coletiva” (Durkheim), compreende-se seu papel na construção da personalidade grupal.” (FRANCO JUNIOR, p.321,322, 2007). 

Os times ingleses necessitam ser inseridos dentro de uma memória nacional inglesa e a sua relação com o restante da Europa, para melhor entendimento da resistência ao projeto da SLE. Inicialmente o futebol foi interpretado em algumas partes do continente europeu na passagem do século XIX para o XX como “a doença dos ingleses”, em Vencer ou morrer (futebol, geopolítica e identidade nacional) Gilberto Agostino ressalta as visões sobre o futebol inglês da Europa desse período: “o futebol gerou apreensão e desconfiança, uma vez que as autoridades mais conservadoras viam no esporte os ameaçadores germes da subversão.” ( AGOSTINO,p.29,2002).

Essa preocupação se dava por causa do alto grau de adesão popular que o futebol possuía (e ainda possui), minorias étnicas apropriaram-se da prática para reforçar sua identidade frente aos Estados- nacionais que tentaram anular politicamente a diversidade dos grupos, povos e comunidades, o caso mais emblemático é o do Sport Club Barcelona e sua luta histórica pela independência da Catalunha através do futebol[5]. O imperialismo inglês também era uma das preocupações, o mundo europeu as vésperas da Primeira Guerra Mundial e cada vez mais aprofundados num nacionalismo radical usou o futebol para realizar o culto a nação.

No caso do futebol as revanches nacionais eram reproduzidas também nas instituições representativas do esporte, a criação da FIFA (Féderation Internationale de Football Association) na cidade de Paris em 1904 foi uma das primeiras tentativas de ruptura com a hegemonia inglesa sobre o futebol. A Football Association (FA) inglesa negou sua representação na FIFA no seu início, essa postura política revela os jogos identitários que ocorriam no mundo europeu antes da guerra. Este período é o ápice do imperialismo inglês, Stuart Hall em A identidade cultural na pós-modernidade nos apresenta historicamente a construção da representação do sujeito na Inglaterra moderna:

“Alguns historiadores argumentam, atualmente, que foi nesse processo de comparação entre as “virtudes” da “inglesidade” (Englishness ) e os traços negativos de outras culturas que muitas das características distintivas das identidades inglesas foram primeira definidas”. (HALL,p.61,2002)

As identidades são construídas e imaginadas a partir das comparações com o Outro, esse “outro” elaborado pelo “eu”, será geralmente objeto depreciado, inferiorizado e principalmente estranho aos sentidos acumulados através do tempo, que uma dada sociedade determinou para ordenação do seu espaço-tempo. As memórias reforçam essas identidades através de inúmeros discursos, narrativas e imagens, estas quando transmitidas asseguram o memorável para um coletivo e selecionam fatos que em determinados tempos justificam algumas práticas como as manifestações do dia 20 de abril.

Seria impossível também não relacionar o atual momento da Inglaterra e sua saída da União Europeia em dezembro de 2020 com essa debandada dos clubes ingleses da SLE. Para articular esse contexto acionamos outro elemento da memória nacional inglesa, que revisitada pelas instituições nacionais justificariam esse impasse histórico da ilha com o continente: o mito do isolamento esplêndido. Desde o final do XIX a política externa inglesa acentuava essa condição, de que o país sem laços políticos com os vizinhos teria melhor desenvolvimento socioeconômico.

Essa mentalidade de afastamento transcorre durante o século XX na Inglaterra, a própria Margaret Thatcher[6] assumia essa posição, odiava os políticos dos outros países e não queria que a moeda inglesa fosse substituída. Aproveitando-se da ocupação dos estádios e vias públicas pelos torcedores inconformados com a SLE, o primeiro-ministro inglês Boris Johnson reverberou também essa mesma visão de não se juntar as práticas continentais: “Acho que foi bom termos conseguido fazer coisas que deixaram bem claro que a Superliga não vai ser apreciada pelas pessoas deste país.” [7]

Portanto estavam em jogo o englishness (identidade) e o mito do isolamento (memória), essas duas marcas da identidade coletiva nacional atravessam a microssociedade criada em torno do futebol, somadas as identidades e memorias locais com certeza reforçaram a resistência a SLE. Apesar do futebol expressar as tensões nacionais na Inglaterra, o que podemos constatar esse espaço como reduto importante de lutas simbólicas contra o projeto global de mercantilizar a vida, porque o futebol ainda “joga como se vive “[8].

“O fortalecimento de identidades locais pode ser visto na forte reação, defensiva daqueles membros dos grupos étnicos dominantes que se sentem ameaçados pela presença de outras culturas. No Reino Unido, por exemplo, a atividade defensiva produziu uma “inglesidade” (englishness) reformada, um “inglesismo” mesquinho e agressivo e um recuo ao absolutismo étnico, numa tentativa de escorar a nação…” ( HALL, p.85, 2002)

O projeto da SLE, além das memórias e identidades locais em torno dos clubes, enfrentou a resistência de sobrepor-se a Liga dos Campeões, qualquer ameaça possível de esquecimento das memórias em torno desse campeonato, também foram interpretadas como intimidação identitária.  As memórias hierarquizam o mundo, a relação dos clubes com um campeonato conta com a importância que um torneio tem na consciência coletiva, a construção de um campeonato como a Liga dos Campeões passou por um processo sócio-histórico de rivalidades na Europa ao longo do século XX.

A Liga dos Campeões surge nos anos 50, a FIFA tratou de organizar um campeonato para institucionalizar os amistosos que aconteciam entre os clubes europeus, a Europa passava por uma reconstrução econômica e de significados após a Segunda Guerra Mundial. Em 1957 a formação do Mercado Comum Europeu[9] propunha uma flexibilização maior de fluxos de mercadorias e pessoas no continente, um torneio de clube como a Champions League ilustrou bem o espírito dessa época.

As rivalidades dos clubes são históricas e ocorrem dentro de competições históricas, uma série de contradições em todos os níveis (religiosas, políticas, étnicas) entre os times foram sublimadas em vários torneios, o futebol é um local de expressão das diferenças. Se os times possuem uma identidade, essas se organizam na memória em torno dos conflitos construídos por um longo tempo no futebol, uma competição artificial controlada por magnatas do capital esvazia essas rivalidades. As falas dos treinadores do Manchester City Pep Guardiola e Jürgen Klopp técnico do Liverpool mostram bem essa condição:

“Não é esporte quando a relação entre o esforço e o sucesso, o esforço e a recompensa não existe. Então não é esporte. Não é esporte quando o sucesso já está garantido. Não é esporte se não tem importância se você perder”[10]

“Tenho a mesma opinião sobre a Superliga . É difícil, as pessoas não estão felizes e eu não estou envolvido. O Liverpool é mais do que algumas decisões. O meu objetivo sempre foi fazer parte da Champions League. Gosto da ideia de que o West Ham pode jogar na Liga dos Campeões. As partes mais importantes do clube são os torcedores e a equipe. E devemos ter certeza de que nada atrapalhe isso – disse à BBC.

Guardiola e Klopp chamam atenção para características importantes do futebol, a imprevisibilidade dos resultados e o papel dos torcedores, são essas coisas que fazem a agremiações “mais do que algumas decisões”. Como dizia Gramsci: “o futebol é o reino da liberdade”, portanto ele é espaço de livre expressão, onde uma série de posições contraditórias são hegemônicas frente as decisões monocráticas. Quando um clube delibera sozinho sobre alguma decisão ele entra em embate com um coletivo marcada por um grau de pertencimento que ignora qualquer hierarquia.

A posição de Klopp em afirmar: “O meu objetivo sempre foi fazer parte da Champions League.”, demonstra bem a nossa proposta em avaliar essa sensação de perda que se instalou na apresentação da SLE. Interpretando que o que estava em disputa eram os elementos de sua própria identificação política, o treinador do Liverpool já revelou sua posição de esquerda[11], e interpretou a SLE mais como um movimento da mercantilização total do futebol.

Então a memória e a identidade que articulam os times de futebol com a Liga dos Campeões envolvem a preservação de uma continuidade temporal fundamental, que remete a consciência do que se foi, do que se é, do que se espera que seja. Passados gloriosos, vitórias épicas, times marcantes, tudo isso é revivido pela memória do próprio torneio. Segundo Michel Polak: “podem existir acontecimentos regionais que marcaram tanto uma região ou um grupo, que sua memória pode ser transmitida ao longo dos séculos com altíssimo grau de identificação.” (POLLAK, p. 201, 1992).

A oposição, principalmente de clubes ingleses a SLE, analisadas a partir das identidades e memórias construídas em torno dos times, podem ser um dos pontos de partida para entender os novos processos de promoção do “mercado da bola”, não excluímos como circula a cultura de consumo no meio do futebol, mas percebemos os seus limites de atuação. Também não abdicamos de perceber que assim como toda e qualquer instituição humana ao longo do tempo, mudanças, descontinuidades e rupturas acontecem e aconteceram quando demandas novas aparecerem.

Numa possibilidade de sintetizar um pouco esta pesquisa acionamos mais uma vez o historiador Michael Pollak e sua posição entre memória e identidade:

“Gostaria de enfatizar que, quando a memória e a identidade estão suficientemente constituídas, suficientemente instituídas, suficientemente amarradas, os questionamentos vindos de grupos externos à organização, os problemas colocados pelos outros, não chegam a provocar a necessidade de proceder a rearrumações, nem no nível da identidade coletiva, nem no nível da identidade individual”. (POLLAK, p.207,1992)

Manter uma posição segura em tempos de fraturas com ascensão da grande aldeia global, que absorve, transforma e consome a identificação dos homens com seus tempos, com suas tradições, seus engajamentos e fidelidades locais é no mínimo evitar as angústias existenciais da sensação de perda constante. A possibilidade de abertura de um novo tempo no futebol europeu, que deslocaria as identidades mais arraigadas, mesmo num tempo histórico de descentralização dos sujeitos por enquanto parece impossibilitada.

 

Notas

[1] Visitado em 20/05/2021: https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/torcedores-do-chelsea-protestam-contra-a-superliga-em-stamford-bridge.ghtml

[2]Visitado em 20/05/2021: https://mercadodofutebol.com/destaque/clubes-fundadores-da-superliga-europeia-tem-dividas-astronomicas-revela-site/

[3] Roman Abramovich é um milionário russo que adquiriu o Chelsea aconteceu no ano de 2003.

[4] Visitado em 20/05/2021: https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/torcedores-do-chelsea-protestam-contra-a-superliga-em-stamford-bridge.ghtml

[5] A história do Barcelona passa pela luta e resistência da Catalunha, assim como a rivalidade com o Real Madrid. O Barça atuou contra a ditadura de Francisco Franco, que perseguiu a cultura e identidade catalã.

[6] Margaret Hilda Thatcher, Baronesa Thatcher de Kesteven foi uma política britânica que exerceu o cargo de primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990 e líder da Oposição entre 1975 e 1979. Foi a primeira-ministra com o maior período no cargo durante o século XX e a primeira mulher a ocupá-lo.

[7]Visitado em 22/05/2021: https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/2021/05/03/governo-britanico-condena-protesto-violento-de-torcedores-do-manchester-united

[8] A frase “joga-se como se vive” é atribuída ao espanhol Xabier Azkargorta, técnico da Bolívia na Copa de 1994.

[9] Após a assinatura do Tratado de Roma, que deu origem à CEE (Comunidade Econômica Europeia), também conhecida por MCE (Mercado Comum Europeu) vários acordos econômicos foram ampliados, deixando de se limitarem a questões referentes à siderurgia. Era a primeira vez que a Europa integrava em grande escala algumas de suas principais potências econômicas em um mercado comum.

[10] Visitado em 23/05/2021 https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2021/04/20/guardiola-diz-que-superliga-nao-e-esporte-mas-tambem-ataca-a-uefa.htm?cmpid=copiaecola

[11]  “Eu sou de esquerda, naturalmente. É melhor ser de esquerda do que de centro. Eu acredito no Estado de bem-estar social. Não tenho plano de saúde privado. Jamais votaria num partido que promete baixar os impostos. Assim como eu vivo bem, quero que os outros também vivam bem. Se existe alguma coisa que jamais faria na minha vida, é votar na direita”, afirma em trecho o treinador do Liverpool no livro Klopp bring the noise, do jornalista Raphael Honigstein.

 

Bibliografia

AGOSTINO, Gilberto. Vencer ou morrer: futebol, geopolítica e identidade nacional. Rio de Janeiro: Mauá, 2002.

CANDAU, Joël. Memória e Identidade. São Paulo: Contexto,2021.

FRANCO JUNIOR, Hilário. A dança dos deuses: futebol, sociedade, cultura. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro:  DP&A, 2002.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 5, n.10, 1992.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Ludopédio.
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Como citar

SOUSA, Daniel Alves de. O papel da memória e da identidade no futebol e o fracasso da Superliga Europa. Ludopédio, São Paulo, v. 143, n. 55, 2021.
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