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Racismo: a quem interessa pensar que foi diferente no futebol?

“Temos que aprender a desaprender” (Mignolo)

Desaprender pode soar estranho, mas talvez seja um dos desejos da Série Futebol e Racismo. Se há tempos o futebol está presente no debate acadêmico e desde meados dos anos 40 se discute a presença do negro no futebol, por que então, em meio ao turbulento 2020, o Ludopédio e o Observatório da Discriminação Racial no Futebol aceitam a proposta de três pesquisadoras[1] de criar uma série de textos que abordem o Racismo no Futebol?

A resposta talvez venha gradativamente, ao passar dos meses, com as publicações. Embora seja uma discussão bastante evocada no meio do futebol atualmente, alguns pontos centrais necessitam ser aprofundados e/ou (re)pensados a partir de uma maior diversidade de referências. Ou, como diz Mignolo (2008)[2], precisamos desaprender, pois perguntas respondidas em outras épocas talvez já não contemplem ou não conversem com pessoas que protagonizam essa história. Melhor dizendo, elas foram elaboradas a partir de uma perspectiva que atende à lógica colonial e mais reforça estereótipos do que rompe-explica-combate o racismo.

É certo que os números de casos de racismo no futebol repercutidos na mídia vêm apresentando uma crescente vertiginosa[3] e os estudos acadêmicos sobre a temática, embora também produzidos e defendidos em número crescente, ainda são poucos[4]. Entre 1996 e 2016 foram realizados 14 estudos que têm o racismo como questão central[5], entre 959 teses e dissertações defendidas no Brasil sobre futebol na área das Ciências Humanas e Sociais[6]. Há uma concentração de estudos históricos no período até os anos 1970, dos quais poucos levam em consideração as fontes orais de pessoas negras (TONINI, 2020)[7]. Alguns outros estudos anunciam a presença de práticas racistas na constituição de uma identidade nacional, da formação de jogadores e de uma história mais genérica do futebol, todavia não podemos precisar o quanto se valem do quesito raça – cor nas suas discussões. Podemos dizer, pois, que as análises aprofundadas disponíveis sobre o tema ainda são incipientes e, muitas vezes, construídas sob bases teóricas que reforçam a visão racista e de colonialidade. Nas palavras de Clóvis Moura (1983): “Os estudos sobre o negro brasileiro, nos seus diversos aspectos, têm sido mediados por preconceitos acadêmicos, de um lado, comprometidos com uma pretensa imparcialidade científica, e, de outro, por uma ideologia racista racionalizada”[8].

É urgente repensar a forma de produzir ciência colonizada, que apresenta como centro a Europa e que inviabiliza e hierarquiza as demais produções culturais, históricas, além de subjugar os povos colonizados. Apesar da vasta produção de homens e mulheres negras(os) sobre a formação do Brasil e as formas como se operam o racismo, é comum que estes sejam pouco ou sequer citados quando se aborda a questão étnico-racial no futebol.

Neste sentido, nos parece que ainda há um vasto campo de estudos a ser produzido, cruciais na compreensão da lógica racista que funda o futebol. O racismo teve fim com o acesso de homens negros nos times mais visíveis nos meios de comunicação de massa? A consagração de Garrincha, Pelé e outros abriu caminhos para a humanização do jogador negro? Por que os casos de racismo no futebol não só seguem acontecendo, como vêm aumentando? Por que a história da mulher negra no futebol é pouco encontrada em jornais e na produção científica? Por que os postos de trabalho de liderança (técnicos, dirigentes, coordenadores, presidentes), jornalistas, profissionais de saúde, entre outros não são, ou pouco são ocupados por pessoas negras? Por que pouco falamos sobre branquitude no futebol?

Essas são algumas das várias perguntas ainda não respondidas pelos estudos que se propõem a pensar o contexto futebolístico. E, falar dessas problemáticas passa, necessariamente, por entender a forma como o processo de colonização e, com ele, a racialização dos corpos, deu bases para o racismo no futebol. Vale destacar, entretanto, que não é possível uma compreensão sobre a temática, que impacta diretamente a vida, com base em isolamento e personificação de casos. A questão é ampla e atravessa diversos âmbitos sociais e, consequentemente, cada um de nós como sujeitos – fabricados e fabricantes – desses contextos. Torna-se fundamental, desse modo, compreender que a formação histórico-brasileira é assentada em bases racistas. E, dizendo o óbvio: a formação do futebol brasileiro não passará ilesa[9], uma vez que se entremeia nas relações e lógicas que constituem isso que chamamos de “o social” .

É importante destacar que desde o início da colonização no Brasil houve resistência, seja na negativa de trabalho forçado pelos povos originários que pagaram com a morte, seja nos suicídios em alto mar, nas fugas após a chegada ao território brasileiro, nas diversas ações contra os senhores, nas rebeliões e nas formações dos quilombos. Após o período de escravidão outras formas de luta se efetivaram e consolidaram diversas expressões do movimento negro no Brasil. Contudo, houve um apagamento das lutas, da produção cultural e religiosa que também representavam resistência, bem como das produções teóricas. Nesse contexto, as teorias racistas passam também a vigorar no país como sustentáculo das relações já estabelecidas. E a quem interessa pensar que foi diferente no futebol?

Compreendendo, inclusive, o racismo como estruturante das relações capitalistas e das lógicas de poder, bem como que essas formas de organização da sociedade se perpetuam, o futebol manteve, sem muitos vislumbres de alteração, para um “futuro imediato”, as relações racistas até a atualidade. Partindo tanto do racismo institucional[10], quanto de seus efeitos, e na forma como o homem negro foi essencializado como possuidor nato de habilidades para o esporte dos pés, o futebol acaba atualizando e legitimando a relação direta homem – negro – futebol até os dias de hoje.

Ilustração: Lautaro Pesano

Se Carlos Alberto usava pó de arroz e Friendenrich era o último a entrar em campo, pois estava alisando o cabelo no vestiário; se, tantos anos depois, Marinho “deve ir para senzala”, nas palavras do comentarista branco, por ter cometido uma falta, é necessário, para não dizer urgente, discutir racismo. Não cabe mais ponderar se ele existe ou não!

Os mil gols de Pelé; os dribles de Garricha; a conquista da Copa de 2018 pela seleção francesa e tantos outros feitos realizados por jogadores negros não foram capazes de trazer a humanização a esses homens, nem mesmo entre as quatro linhas. Se é fato que o jogador negro alça um lugar de status frente aos demais, há uma falsa humanidade aí colocada, tanto no sentido dos atributos corporais, quanto na responsabilidade em ganhar a partida. Na falha, essa humanidade é retirada e retorna “o primitivo”. Chamar de macaco representa, de forma dolorosa, mas elucidativa, o retorno ao não humano. Além do mais, o lugar da racionalidade negada é reforçado pelos demais postos de atividade do futebol (inter)ditados aos homens negros que constroem a partida.

A ilusão posta que via ascensão social seria possível um rompimento com a lógica racista, ou, dizendo mais especificamente do futebol, a conquista de um posto (racializado) facilitaria a alteração de comportamento frente a suas ações, não se materializa. A fama e os salários altos não os tiram da condição de menos humanos, reforçada pela reificação de seus corpos e subjetividades numa ideia de peça-produto dos/nos plantéis.

Pelé é carregado após marcar seu milésimo gol. Foto: Reprodução.

A objetificação do corpo, seu controle e sua morte – esta última refere-se aos casos de adolescentes mortos nas categorias de base –, são estabelecidos por aqueles, supostamente sem raça (brancos), que controlam quem se vincula ao lugar racializado e essencializado do futebol como “permitido” e “ideal”: o homem negro. Essa vinculação reforça, ainda, o corpo negro como aquele direcionado à atividade física e de força. Ao mesmo tempo em que há uma valorização da ginga como atributo “positivo” do negro, essa adjetivação nos aparece mais como aprisionamento do que libertador das amarras racistas.

Há uma cisão, portanto, entre indivíduo e atributo, conjugando esses elementos num aprisionamento de inteligibilidade, sem que nada mais possa ser esperado dos sujeitos identificados com aquelas “etiquetas”. E, diante de tudo isso, estacionamos na absurda e suposta reflexão sobre a existência ou não do racismo. Isso é agravado ainda pelas inúmeras tentativas de desconsiderar a evidência que foi forjada ao longo da história e que coloca as pessoas negras numa lógica de subalternidade. No contexto futebolístico, o argumento acaba passando pelo mesmo ponto de segmentação do corpo e “exaltação” das habilidades de negros e negras, que, numa distorção, tentam direcionar a apreensão da realidade com base na verdade de uma branquitude bem intencionada.

Jairo, o Pantera Negra, um dos poucos goleiros negros a ser convocado pela seleção brasileira após Barbosa. Foto: Reprodução/Facebook.

Pelé não pode ser negro, Carlos Alberto não pode ser negro. Miguel não pode ser negro. Mariele não pode ser negra. Beyoncé não pode ser negra, mas, ao mesmo tempo, tem que sair da sua sala de jantar. Aprendemos a ter medo de Exu. Aprendemos que negros são incapazes de pensar. Aprendemos que negros são bons de sexo, por conta de uma lógica cisfalocêntrica. E aprendemos também que negros não controlam suas emoções. Barbosa foi incapaz de trazer a Copa, pagou um preço caro. Sim, é fato que tenha tomado o gol, como também é fato que após sua “falha”, a conta tenha sido paga por todos os demais negros que sonhavam com a seleção brasileira. Afinal, após a Copa de 1950 somente em 2006 tivemos como primeiro goleiro da seleção brasileira um homem negro.

E aqui ainda nem mencionamos as mulheres negras no contexto futebolístico. Porque ao tentar destrinchar a hierarquia dentro da assimetria social construída com base em raça-cor, o atravessamento de gênero pode tornar a questão ainda mais complexa, principalmente num esporte cuja “função social” se vincula a uma manutenção da cisheteromasculinidade universal (branca).

Quando falamos em mulheres nos esportes, as mulheres negras ou são invisibilizadas – principalmente se os relatos são históricos para ressaltar a luta por inclusão pautada no gênero –, ou são enfocadas numa lógica próxima àquela que coisifica os homens. E, assim, Melania Luz, Wanda dos Santos, Piedade Coutinho, Aida dos Santos, Soraia André, Irenice Rodrigues, Fofão, Sassá, Érika Cristina, entre outras caem no esquecimento. Tratando mais especificamente do futebol, ainda que grande parte das atletas brasileiras sejam negras, a questão racial parece desaparecer.

Seria inviável seguir nessa discussão sem destacar como gênero e raça se entrelaçam nessa tessitura racista do futebol, porque, para além da reificação peça-produto, que separa corpos e subjetividades, as mulheres negras são segmentadas atendendo, também, a uma dinâmica de hiperssexualização de seus corpos. Se no contexto do futebol praticado por mulheres o descaso é uma realidade, quando direcionamos nosso olhar para as atletas negras, a necessidade de uma reinvenção da modalidade fica ainda mais evidente. Isso porque o racismo tem efeitos sobre a apreensão dessas jogadoras, que as colocam numa negação da feminilidade (branca), supostamente frágil (branca), designando-as à operacionalização da prática. Além disso, melhores condições de trabalho não precisam ser reivindicadas, já que elas seriam supostamente mais fortes e mais habilidosas.

Quando a escassez de patrocínio se torna pauta, jogadoras negras que são ignoradas. Isso, porque dentro de uma lógica do padrão de beleza que se pauta na branquitude, essas mulheres lidas como corpos, não podem ser vistas com determinados produtos ou marcas. E aí, aprendemos que negra não pode ser bonita, mas pode ser sensual. Isso porque parte da construção da desejabilidade feminina no Brasil passa por uma corporeidade que é considerada atributo das mulheres negras. Designando suas “funções” dentro da sociedade, que não correspondem, sob nenhuma circunstância, a uma possibilidade de agência. E as mulheres negras, assim, passam a não precisar de intelectualidade. Porque o corpo fala por elas. E o assunto sobre a Marta vira, para além da habilidade, referenciada por um homem, o batom! Mas quando não se tem títulos de melhor do mundo, visibilidade internacional (leia no contexto europeu), o que resta? E Pretinha, Michael Jackson, Formiga? Onde estão as mulheres negras nessa história hegemônica e enviesada do futebol?

Em Brasil e Itália o batom escuro usado por Marta em baixa. Foto: Rener Pinheiro/MoWA Press.

Quando mencionamos essa diversidade, é uma convocação, uma interpelação do reconhecimento da questão étnico-racial como um atravessamento posto para todas as pessoas, mas de maneira extremamente desigual. Esse desconforto está posto! E nessa lógica, nossa proposta de desaprendizado é um ato político para que falemos sobre questões raciais, sem ignorar alguns pontos:

  1. Esse distanciamento, posto pela assimetria que hierarquiza sujeitos, constrói lógicas de precariedade diferencial e politicamente forjadas.
  2. A experiência é um saber múltiplo. Nesse caso, ela desloca a correlação pronta conhecimento-branquitude, fazendo com que se rompa com um entendimento essencial das pessoas negras, ignorando as suas múltiplas experiências e vivências.
  3. Não é mais possível se isentar de falar sobre o assunto com base em uma justificativa que finge reconhecimento! Nenhum tema pode ser interdito, desde que tratado com responsabilidade. Manter-se na lógica essencial de quem é autorizado a dizer sobre o que, no fim, contribui para o silenciamento e um enfrentamento unilateral em relação ao racismo, já que quem se exime de falar não é quem sofre. Ainda que você não vivencie determinada realidade, é possível falar sobre ela. É indispensável, por sua vez, informar o ponto de partida para a construção da argumentação: onde você se localiza na dinâmica social de forma mais ampla? E naquela que procura esmiuçar? Dizer sobre essa posição de sujeito é fundamental se o objetivo é romper com essa lógica de preconceitos e violências, se a prática é antirracista.

Os três elementos-posturas supracitados são intimamente relacionados. Construir essa forma de pensar o mundo implica em localizar quem fala e assumir as limitações que permeiam qualquer discussão. Essa proposta tem como efeito a ruptura com uma lógica da essência que ignora a paixão da experiência[11].

Marcelo Carvalho lançou, no último dia 20, o Relatório Anual 2019 do Observatório da Discriminação Racial no Futebol no programa Redação SporTV. Foto: Reprodução.

Discutir questões raciais no Brasil parece fazer eclodir uma culpa que não serve à política e ao enfrentamento. Além disso, ela não pode ser justificativa para expurgar a responsabilidade sobre a realidade que co-construímos. Assumir como seu olhar é fabricado e os efeitos dessa dinâmica sobre o conhecimento que você produz é parte fundamental do projeto ético-político que procuramos construir nesse projeto. Implica em se repensar, repensar o Outro, repensar a sociedade que construímos cotidianamente.

Em meio a um antirracismo identitário que encontra lugar nas redes sociais para se apresentar ao mundo, muitas vezes correndo o risco de se transformar num antirracismo passivo e inerte ecoado por vozes que não se implicam nessa luta, consideramos também urgente que uma diversidade de vozes construam um campo de estudos cada vez mais forte nesse combate.

Por esses e outros motivos aqui anunciados, essa série composta por 11 textos, tem na escrita um time que reconhece quem são os protagonistas dessa história, mas que não se exime de se envolver na luta. É um esforço de estimular a conversa e os estudos sobre as implicações do racismo no futebol, de maneira mais constante e consistente, bem como de que essa discussão polifônica rompa com a lógica do apagamento das produções teóricas de pessoas negras e se construa de maneira disruptiva em relação à naturalização da academia branca.


Notas

[1] Roberta Pereira da Silva, Bárbara Gonçalves Mendes, Marina de Mattos Dantas.

[2] MIGNOLO, D. Walter. Desobediência Epistêmica. A opção descolonial e o significado de identidade política. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, n. º 34, p. 287-324, 2008.

[3] Para saber mais: CARVALHO, Marcelo Medeiros; SILVEIRA, Débora; DEVINCENZI, Diego Speggiorin. Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol 2018. Porto Alegre: Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Museu da UFRGS, 2019. Acesso em: 11 nov. 2020.

[4] O primeiro e até então único grupo de pesquisa registrado e ativo no Diretório de Grupos do CNPq dedicado è temática é o Núcleo de Pesquisa-Ação do Esporte e Relações Étnico-Raciais (NUPAERER), da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), formalizado em 2016.

[5] A saber: 10 dissertações e 4 teses, escritas por 9 homens e 5 mulheres. Algumas delas integrarão o time que escreverá os textos desta série, em meio a outras pessoas que também se dedicam ou têm algo a dizer sobre o racismo no futebol.

[6] Dados da pesquisa Levantamento e Análise da produção do Futebol: desenvolvimento e perspectivas do futebol como objeto e campo de pesquisa, realizada pelo Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (GEFuT/UFMG). Para as análises mais panorâmicas da produção geral, ver: SOUZA, Adriano Lopes de; ALVES, Alexandre Francisco; ABRANTES, Felipe Vinícius de Paula; SILVA, Indiamara Bárbara da; NICÁCIO, Luiz Gustavo; DANTAS, Marina de Mattos; CAMPOS, Priscila Augusta Ferreira; SANTANA, Thiago José Silva; SILVA, Silvio Ricardo da. Levantamento e análise do desenvolvimento da produção e do estudo sobre futebol 1980 – 2016. In: COUTO, Ana Cláudia Porfírio; SILVA, Luciano Pereira da; ROQUE, Camile Evelin; ALVES, Glauce Teixeira (orgs.). Políticas públicas de esporte e lazer: Centro MG da Rede CEDES. Belo Horizonte: Utopika Editorial, 2019.

[7] TONINI, Marcel Diego. “Essa é uma realidade”: os racismos vividos e narrados por negros em várias áreas de atuação no futebol brasileiro. In: GIGLIO, Sérgio Settani; PRONI, Marcelo Weishaupt (orgs.). O futebol nas Ciências Humanas no Brasil. Campinas, SP: Editora Unicamp, 2020.

[8] MOURA, Clóvis. “Escravismo, Colonialismo, Imperialismo e Racismo“. Afro-Ásia 14 – 1983.  Texto apresentado no 11º Congresso de Cultura Negra das Américas realizado na cidade do Paraná entre os dias 17 e 21 de março de 1980.

[9] Tampouco a formação de pesquisadores/as.

[10] O racismo estrutura as relações sociais brasileiras e fundamentam as instituições, porém é comum que visualizemos apenas o racismo individual, pois está presente nos xingamentos/insultos/agressões físicas etc., que se apresentam nas relações interpessoais. No caso do futebol, se evidenciam por ofensas diretas a jogadores e demais profissionais negros envolvidos com o esporte.

[11] HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2019.


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Roberta Pereira da Silva

Pesquisadora sobre futebol de várzea e racismo no futebol. Doutoranda pela PUC SPSantista e metida a poeta nas horas vagas.

Bárbara Gonçalves Mendes

Psicóloga, doutoranda em Psicologia Social pela UFMG, pesquisadora no Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (GEFuT) e do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH).

Marina de Mattos Dantas

Psicóloga (CRP 04/28.914). Doutora em Ciências Sociais pela PUC-SP (com estágio pós-doutoral em Estudos do Lazer na UFMG) e mestre em Psicologia Social pela UERJ. Professora na Universidade do Estado de Minas Gerais. Pesquisadora no Grupo da Estudos sobre Futebol e Torcidas (GEFuT/UFMG), no Grupo de Estudos Socioculturais em Educação Física e Esporte (GEPESEFE/UEMG), no Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia Social do Esporte (GEPSE/UFMG) e no Grupo de Trabalho Esporte e Sociedade do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (CLACSO). Compõe a diretoria da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte (ABRAPESP/2024-2025). É produtora no Programa Óbvio Ululante na Rádio UFMG Educativa e colunista no Ludopédio.

Como citar

SILVA, Roberta Pereira da; MENDES, Bárbara Gonçalves; DANTAS, Marina de Mattos. Racismo: a quem interessa pensar que foi diferente no futebol?. Ludopédio, São Paulo, v. 137, n. 52, 2020.
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