#Titeterno
O gaúcho Adenor Leonardo Bachi, Tite, já escreveu em letras garrafais seu nome na história do Corinthians. Preto no branco, Tite conquistou, com exceção da Copa do Brasil, todos os campeonatos oficiais que disputou comandando o time de Parque São Jorge.
Mas uma outra marca tão expressiva quanto os troféus pode se tornar realidade a curto prazo. Atualmente, ele é o segundo treinador que mais esteve à frente da equipe, com 367 partidas, somando suas outras duas passagens pelo clube (2004-2005 e 2010-2013). Ele está atrás apenas de outro ícone da história alvinegra, Oswaldo Brandão, com 435 jogos. Brandão foi o treinador responsável pela campanha da quebra do jejum de 22 anos com o memorável título paulista de 1977.
Ainda restam 68 partidas para o atual técnico do Corinthians ultrapassar Brandão, mas como o contrato de Tite apenas se encerra no fim de 2017, atingir esse recorde é uma ideia absolutamente plausível. O histórico da ‘titebilidade’ também reforça essa ideia; o gaúcho de fala pausada e contundente costuma cumprir seus contratos.
Desde a sua primeira passagem pelo clube, em 2004, quando o treinador não apenas salvou a equipe do rebaixamento no campeonato nacional como também a classificou para a Copa Sulamericana do ano seguinte, sua conduta e capacidade tem sido respeitada.
“Trabalhei em fábrica para um dia ser campeão mundial, então sei respeitar o outro lado”, declarou Tite em entrevista recente, às vésperas do primeiro confronto dos playoffs do campeonato paulista. Na ocasião, Tite foi indagado sobre a diferença técnica e financeira de sua equipe com o Red Bull Brasil. O resultado? Atuação de gala e goleada por 4 a 0.
A diretoria do clube tem plena confiança no técnico e já mostrou persistir com seu trabalho mesmo diante de revezes e eliminações importantes, tais como as Libertadores de 2010, 2013 e 2015. A continuidade do trabalho tem sido premiada com títulos. Desde a sua primeira conquista à frente do banco de reservas do Corinthians, com o Brasileiro de 2011, o gaúcho de Caxias do Sul jamais deixou uma temporada passar em branco:
2011 – Campeonato Brasileiro
2012 – Libertadores e Mundial de Clubes
2013 – Campeonato Paulista e Recopa Sulamericana
2015 – Campeonato Brasileiro
Tite e a Seleção
“O Tite está fazendo um grande trabalho aqui. Ele é um cara muito íntegro, ético, não vai conversar para assumir outro cargo estando aqui. A CBF definiu que o Dunga vai ficar, e nós temos que apoiar ele no comando”, afirmou Elias, grande ídolo e líder da equipe, em entrevista coletiva após a vitória contra o Red Bull Brasil.
A maior ameaça ao novo recorde de Tite é o coro pelo seu nome no comando da seleção brasileira, ideia quase unânime entre jornalistas, torcedores e especialistas. De competência e idoneidade amplamente elogiada pela opinião pública em geral, Tite seria capaz de montar uma equipe mais competitiva e recuperar um pouco da autoestima da equipe nacional.
A pergunta que fica ao corinthiano é: Você abriria mão de um dos grandes técnicos sulamericanos e eminente maior ídolo da história corinthiana por uma chance de recuperar o futebol da seleção que já foi – com folga – a melhor do mundo?