Este artigo objetivou investigar o papel do ídolo na construção do fenômeno futebol no Brasil. Foram entrevistados ex-jogadores de futebol, jogadores profissionais e jogadores de futebol para cegos. O tratamento dos dados destacou quatro categorias: Criação, Difusão, Idolatria e Papéis. Para tal categorização e inferência foi utilizada a Análise de Enunciação, uma das técnicas da Análise de Conteúdo. A construção de ídolos mostrou-se dependente da valorização de grandes feitos e da criação de vínculos. Os feitos são dependentes das categorias tempo e espaço, dando um “prazo de validade” para a idolatria e propiciando uma cíclica renovação de ídolos. Os vínculos serão maiores quanto maiores forem as relações da tríade jogador-clube-torcedor. Os feitos são “mostrados” na mídia e se os vínculos estiverem bem estabelecidos, a imagem do ídolo será exaltada e valorizada, alimentando e motivando a paixão dos torcedores e cultivando o sonho de ser jogador de futebol no imaginário social.
Palavras-chave: Futebol. Pessoas com Deficiência. Ídolo.