Este artigo é uma reflexão sobre o fenômeno do racismo articulado ao processo de desenvolvimento do futebol brasileiro. Neste estudo, tentaremos demonstrar que nos primórdios do futebol a condição de negro definia, em larga escala, o papel das camadas populares dentro da sociedade brasileira. Ademais, demonstraremos que problemas como condição econômica, estigmas da escravidão, inserção efetiva na cidade moderna emergente naquele momento, bem como a presença constante de um discurso jornalístico pejorativo colaboravam para a construção do imaginário que circundava a vida do negro no Brasil. Será priorizada, neste artigo, a experiência vivenciada no Rio de Janeiro, nos primeiros anos da República Brasileira (1897-1929).
Palavras-chave: negro, racismo, futebol.