No livro ‘Futebol: Paixão e Catimba’, Osório Vilas-Boas expôs seu ponto de vista sobre a forma (repleta de artimanhas para ele, desleal e corrupta para os seus adversários) como fez o Esporte Clube Bahia se tornar o mais popular time do Estado passando a acumular títulos ao longo do período em que esteve sob sua direção. A sua narrativa é classificada como memorialista, pois de maneira livre e parcial, o Autor transforma em palavras o seu olhar sobre o vivido no futebol baiano durante cerca de cinquenta anos. A História critica essa forma de produção documental do passado devido ao pouco cuidado com regras, rituais, métodos que são uma marca registrada da operação historiográfica. O artigo objetiva estabelecer esse confronto de análises entre a obra memorialista e a visão de pensadores como Michel de Certeau e Pierre Nora sobre o valor das memórias para a ciência histórica.
Palavras-Chave Osório Vilas-Boas – Esporte Clube Bahia – Memórias